domingo, 13 de março de 2011

REFLEXÃO

"Este texto foi escrito pelo Vereador Serginho Rocha antes da campanha eleitoral e encontrado em um arquivo do seu computador."

Sempre acreditei que não estamos passando pela vida por acaso, temos que ter nossas convicções, ideais, crenças, fazendo algo para deixarmos para nossos filhos um mundo um pouco melhor do que encontramos. E com esse pensamento comecei a viver, a estudar, e após concluir o 2º Grau em Miracema fomos para o Rio de Janeiro, onde concluímos o curso de Bacharelado em Direito, acumulando experiências que reforçaram ainda mais minhas convicções com relação ao “porque” temos que trabalhar por um mundo melhor.

Quando ainda era pequeno e brincava pelas ruas de Miracema, não tinha noção das dificuldades do mundo real e de toda a problemática que meus pais, Alverne e Arly já viviam há anos com meus irmãos mais velhos, Alverli, Ricardo e Sandra.

No período em que fazia minha formação superior fui lançado em uma realidade muito diferente da que conhecia, vivendo no Rio de Janeiro, com tantas novidades e surpresas, tive que apreender como funcionava a vida de um adulto, porque afinal de contas eu já tinha 19 anos e trabalhava em um escritório de Advocacia.

Nesse contexto, tive contato com o Poder Judiciário e durante quatro anos vivia entre fóruns da Capital e em várias cidades do Estado do Rio de Janeiro. Também nesse período conheci o sistema prisional e durante dois anos trabalhei como assistente jurídico em vários presídios masculinos e femininos, onde ouvimos relatos de pessoas que tinham cometido algum ato criminoso, reprovado pela sociedade e punido pelo Estado, pois existem leis que instituem penas privativas de liberdade para determinados atos.

Também aprendemos um pouco sobre os problemas familiares e as suas conseqüências, nos atendimentos como estagiário da Defensoria Pública e durante o período em que trabalhava no Escritório de Advocacia.

O esforço para conseguir um Serviço Público foi retribuído quando fomos convocados para fazer a Academia de Polícia Civil, concurso que já estava aprovado a cerca de cinco anos, logo após sair do Tiro de Guerra e seguir para concluir meus estudos no Rio, porém, após cerca de seis meses, onde alternava o curso de formação e o trabalho no escritório, não fui nomeado de imediato, tendo que aguardar por mais um período.

Mas, como não conseguia ficar parado, continuei os Estudos e um mês após concluir o curso de formação, fui aprovado para Secretaria de Justiça, o cargo não era moleza e fui lotado em uma instituição para menores infratores.

Poucos menos de um ano depois, fui convocado pela Secretaria de Segurança Pública, onde estamos ainda lutando pela aprovação em outros concursos públicos ou quem sabe retornar para a Advocacia.

As experiências acumuladas reforçaram ainda mais o desejo de fazer algo para deixar marcada nossa existência, trabalhando para evitar que crianças e adolescentes tenham a facilidade de conhecer os diversos caminhos da criminalidade, da violência, das drogas, mostrando que é possível mudar suas vidas, evitando que se tornem adultos analfabetos, desempregados, privados da liberdade e deixados de lado pelo Estado que só o conhece como um número, uma triste estatística que se repete.

Não é um sonho, é um trabalho demorado e cuidadoso, em que todos nós temos que exercer nosso papel, para que possamos deixar um mundo melhor para nossos filhos.

Sérgio Terra de Souza Rocha é Miracemense; filho de Alverne Rocha e Arly Terra; Inspetor da Policial Civil (PCERJ), Bacharel em Direito pela Universidade Candido Mendes; Aprovado no último concurso da Secretaria de Segurança do Estado da Bahia(cargo: Delegado de Polícia); Também trabalhou junto a Secretaria de Justiça do Estado do RJ(Agente-DEGASE); Assistência Jurídica(DESIPE); Estagiário(Defensoria Pública); Estagiário de Direito(Escritório de Advocacia na área Cível e Família).

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